Monday, June 14, 2021

Messi tem medo de contrair covid-19 na copa américa.

 Messi confessa receio de contrair a covid-19 durante a Copa América no Brasil


Messi confessa receio de contrair a covid-19 durante a Copa América no Brasil


Atletas ou dirigentes de Bolívia, Colômbia e Venezuela foram diagnosticados com o novo coronavírus mesmo antes de o torneio começar

A Argentina estreia na Copa América nesta segunda-feira contra o Chile, no estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro, pelo Grupo A, mas a preocupação do craque do time, Lionel Messi, é outra. O jogador do Barcelona confessou que teme contrair a covid-19, em meio a uma série de infecções em seleções rivais. Atletas ou dirigentes de Bolívia, Colômbia e Venezuela foram diagnosticados com o novo coronavírus mesmo antes de o torneio começar.

Messi disse que o medo de contrair o vírus é generalizado no elenco argentino. "Isto nos preocupa porque é um risco para todos pegar a covid", afirmou o craque argentino. "Tentamos ser cuidadosos, mas não é fácil. Estas coisas acontecem. Tentaremos fazer tudo que pudermos para que ninguém a pegue, mas às vezes não depende somente de nós mesmos", acrescentou Messi.

A Argentina deveria ter sido uma das sedes da Copa América deste ano, mas desistiu na última hora devido a uma disparada de casos de covid-19 no país. O torneio foi transferido ao Brasil, apesar de o número de mortos do País ser o segundo maior do maior do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

Sobre a competição, Messi falou sobre a vontade de conquistar o seu primeiro título com a seleção argentina. "As partidas com a seleção sempre são especiais. Nunca imaginei poder jogar tantas partidas com essa camisa. Sempre vivo o dia a dia e tento dar o máximo. Sempre estou disponível para a seleção. Meu maior sonho é conseguir um título com essa camisa. Estive muito perto várias vezes. Não aconteceu, mas seguirei tentando. Sempre vou lutar por esse sonho", disse.

O craque argentino ainda comentou sobre o momento em que a seleção chega para disputar a Copa América. "Creio que chegamos em um bom momento. Fazia muito tempo que não nos juntávamos. Fizemos duas boas partidas, ainda que não tenhamos conseguido uma vitória (nas Eliminatórias)". E completou: "Sempre tentamos fazer um grupo forte, armar um time competitivo. Temos trabalhado faz tempo com a mesma ideia. Acho que seguimos em formação, mas por um bom caminho".

 Noticias:https://www.noticiasaominuto.com.br/esporte/1813466/messi-confessa-receio-de-contrair-a-covid-19-durante-a-copa-america-no-brasil

Tuesday, June 08, 2021

irmã de criolo morre vitima de covid-19.

 Irmã do cantor Criolo morre aos 39 anos vítima da Covid


Irmã do cantor Criolo morre aos 39 anos vítima da Covid

Cleane Gomes deixou um filho de 12 anos

Nesta segunda-feira (7), Maria Vilani, mãe do rapper Criolo, revelou que a filha, Cleane Gomes, morreu vítima da Covid-19 aos 39 anos.

Maria Vilani fez uma homenagem para a filha: "Foi boa mãe, boa filha, boa irmã, magnífica tia, uma excelente amiga e professora, uma grande artista circense e cênica, artista plástica, compositora e poeta", afirmou. 


"(...) Sinto no meu coração e na minha alma que você partiu no seu momento de partir, se não fosse a Covid-19, seria qualquer outro motivo. Você realmente terminou a sua missão nesse plano, em 5 de junho de 2021. Seria egoísmo não aceitar a sua libertação", lamentou Maria na despedida.

O rapper Criolo ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Noticias:https://www.noticiasaominuto.com.br/fama/1811709/irma-do-cantor-criolo-morre-aos-39-anos-vitima-da-covid


Friday, June 04, 2021

´´Zuenir ventura ´´ não posso ser feliz em um pais onde e um cemitério.

 Faço 90 feliz, mas não posso ser feliz num país que é um cemitério, diz Zuenir Ventura

Faço 90 feliz, mas não posso ser feliz num país que é um cemitério, diz Zuenir Ventura


O jornalista, escritor e imortal da Academia Brasileira de Letras faz aniversário nesta terça-feira (1º) e se diz dividido

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Prestes a fazer 90 anos, Zuenir Ventura se contenta com o terraço de seu apartamento no Rio de Janeiro para suas caminhadas diárias. "Se tive alguma ideia, foi andando no calçadão", diz ele, sobre seus passeios antes da pandemia.

Exercícios frequentes e alimentação saudável são os ingredientes para chegar aos cem, segundo um livro que tem em sua cabeceira. O jornalista, escritor e imortal da Academia Brasileira de Letras faz aniversário nesta terça-feira (1º) e se diz dividido.

Não tem do que reclamar no aspecto pessoal, está melhor agora do que na juventude, mas não pode dizer que é feliz. "Não se pode ser totalmente feliz num país que é hoje um cemitério."

Ele acaba de lançar uma edição ampliada de "Minhas Histórias dos Outros", pela Objetiva, no qual escreve sobre personalidades com as quais conviveu, como Manuel Bandeira, ainda na faculdade, e narra sua relação com Genésio Ferreira da Silva, a testemunha do assassinato de Chico Mendes que ele acolheu em sua casa dos 13 aos 21 anos depois de o conhecer durante a cobertura do caso, no Acre.

Em entrevista por telefone, Zuenir Ventura fala sobre a defesa da floresta hoje, a CPI da pandemia, velhice e 1968, o ano utópico ao qual ele dedicou seu já clássico "1968: O Ano que não Terminou".

PERGUNTA - O senhor tem acompanhado a CPI da pandemia? O que tem achado?

ZUENIR VENTURA - Sim. A CPI é um retrato dos tempos de hoje. Eu vivi os tempos dourados, de Juscelino, rebeldes, os anos de chumbo e agora são os anos descarados, do cinismo e do deboche. Não por acaso está tendo uma grande audiência.

Na ditadura, você tinha a hipocrisia, e agora você tem o cinismo. Debocha-se da saúde, da vida. A CPI é o retrato desta época em que se mente tranquilamente.

É uma época muito difícil. Estamos vivendo um acúmulo de crises -ética, econômica, na saúde.

É possível ver um lado positivo deste momento?

ZV - Pessoalmente, não posso reclamar da vida. Vou fazer 90 anos feliz, sem doença, cercado de amigos, de netos, de uma família maravilhosa. Mas não se pode ser totalmente feliz num país que é hoje um cemitério.

Você abre o jornal e só tem acréscimo de morte. Aqui no Rio são mais de 50 mil cadáveres. No plano pessoal, não tenho do que reclamar, mas não posso beijar, não posso abraçar. Não vejo nada positivo, a não ser a solidariedade, as pessoas fazendo doações. Esses gestos me dão, eu não digo alegria, mas um conforto.

Não se pode dizer "ótimo, maravilha, estou salvo". Estou perdendo amigos, pessoas conhecidas. É um momento distópico, para falar o mínimo.

Como o senhor chega aos 90 anos?

ZV - Estou dividido. Sou mais feliz na velhice do que era na juventude. Eu era muito feio, magro, pobre, inseguro, não arranjava namorada.

Todos estão deprimidos, eu também. Estou vivendo uma contradição. Estou feliz, mas ninguém pode estar completamente feliz agora. Passei por várias crises, por vários momentos difíceis, suicídio de presidente, renúncia, deposição, fui preso na ditadura -não fui torturado, mas amigos foram.

Mas estamos vivendo todas as crises num momento só. Durante a ditadura, o Chico Buarque cantava que "amanhã vai ser outro dia", mas hoje não se sabe quando vai ser outro dia, nem se vai ser. Esse vírus é traiçoeiro. E olha que sou acusado de ser otimista pelos meus amigos. O brasileiro é um ser esperançoso. Eu espero, torço. Esperança a gente tem; é a última que morre, citando o lugar-comum.

O ministro da Economia reclama que todos querem chegar aos cem anos. A alternativa é não chegar. Para os economistas e tecnocratas, a velhice é um peso morto, como se não servíssemos para nada. Somos imprestáveis.

O problema da velhice não é a idade, é a saúde. Sem saúde, você é infeliz até aos 20 anos. Não se pode estigmatizar a velhice, depende muito do estado em que se chega. É mais fácil elogiar a primavera do que o outono, mas vejo muita beleza no pôr-do-sol. Quando se está com a vista boa, né?

O senhor cobriu extensivamente o caso Chico Mendes. Mais de 30 anos depois, como avalia a causa da defesa da floresta?

ZV - Regredimos. Um dos dramas deste governo é esse ministério [do Meio Ambiente]. Para mim, não é surpresa. Na primeira entrevista que vi com ele [Ricardo Salles], ele dizia que Chico Mendes não tinha a menor importância.

O Chico inscreveu na agenda planetária a importância da Amazônia, e morreu por ela. Mas ele [Salles] está ali porque o presidente acha que isso é uma frescura. Se ele não for punido pela Justiça, ele não vai ser pelo governo, porque ele representa a vontade do presidente.

A cada momento se descobre mais derrubada da floresta, os números se superam. A situação é péssima. Não mataram ninguém como Chico Mendes até agora, mas a situação não melhorou.

Que ideias restam de 1968?

ZV - O ano de 1968 deixou dois legados que eu exalto, o da paixão pela causa pública e a ética. O movimento foi planetário, mas a geração brasileira foi a que mais sofreu. Uma geração muito especial. Eles tinham uma certa prepotência, achavam que quem sabe faz a hora, não espera acontecer. E a história não é feita com a sua vontade.

E como avalia a geração jovem de hoje?

ZV - Antes havia "a" geração; hoje cada grupo é uma geração. A geração da internet é uma coisa, a geração da favela é outra. A sociedade é muito segmentada. O jovem da favela é muito diferente em relação às dificuldades, ao estudo, ao trabalho, do jovem da zona sul. Temos uma cidade, o Rio de Janeiro, que é uma metonímia do país, em que há uma divisão social muito grande.

A distância entre as classes sociais aumentou. Não melhorou a cidade partida [título do livro de Zuenir de 1994]. E com um agravante, a milícia, que foi celebrada de início porque achavam que acabaria com a violência, com o tráfico. A milícia hoje está infiltrada em todas as instâncias do poder.

Há semelhanças entre a chacina de Vigário Geral, que deu origem ao 'Cidade Partida', e o massacre recente do Jacarezinho?

ZV - Quando cobri o pós-chacina de Vigário Geral, tinha esperança de ser a última. Mas tivemos mais e vai ter mais, porque a política de segurança do Rio é ultrapassada. Acham que combate às drogas tem que ser uma guerra, como o Nixon achava.

Com essa política retrógrada, de tempos em tempos vai ter chacina. A polícia entra, recolhe meia dúzia de armas, mata um monte de gente. E não existe bala perdida, ela atinge, em geral, inocentes.

O senhor faz parte da Academia Brasileira de Letras desde 2015. Há três cadeiras vazias na instituição. O senhor tem palpites para essas vagas?

ZV - Até disse isso para um candidato outro dia. Na ABL, antiguidade é posto e sou um dos mais recentes ali. Então vou primeiro conversar com a diretoria para saber o que é melhor para a academia, do que ela precisa. Já ouvi falar que ela precisa de mais um filólogo, ou de um médico. E há muitos candidatos.

Acho que a Fernanda Montenegro é um consenso. Só não vai se não quiser. Se ela estiver dividida em se candidatar. Porque as pessoas têm que se candidatar.

Os que me procuraram se decepcionaram, porque não têm que falar comigo. Vou primeiro conversar com a academia, diante dos candidatos. Mas eu não tenho candidato.

Qual sua relação com sua posição de imortal da ABL?

ZV - De fora há essa imagem de que é uma chatice, são 40 velhinhos que se reúnem toda semana para tomar chá, mas é muito divertido. É agradável e tem muito humor. Nós velhinhos temos muito humor. Estou sentindo muita falta, porque a academia fechou e não sabemos quando vai abrir.

O Ferreira Gullar, que resistiu muito à academia, era o primeiro a chegar às reuniões, e disse, antes de morrer, que o programa cultural dele era a academia.

Qual a relevância da imprensa nestes tempos de notícias falsas por todo canto?

ZV - Nesses últimos anos, a imprensa é culpada de tudo. Mas desde a época dos reis madava-se matar o emissário de más notícias. De certa maneira, nós somos esse emissário. Sempre que pode, o presidente diz que é culpa da imprensa. Todo poder tem implicância com a imprensa.

O leitor acha que a gente só publica notícia ruim. Na ditadura, diziam que só publicávamos notícia boa, e era verdade, porque tinha censura.

Certas coisas que se fazem na internet em nome do jornalismo não são jornalismo. O jornalista apura o que vai publicar, e, em muito do que está na internet, a apuração não existe. Apuração é a coisa mais importante da tarefa do repórter.

Não reivindico censura na internet, porque já vimos a censura e sabemos que não serve de nada, mas alguma regulamentação precisava ser feita contra a impunidade. A notícia falsa é uma praga.

Noticias:https://www.noticiasaominuto.com.br/ultima-hora/1809263/faco-90-feliz-mas-nao-posso-ser-feliz-num-pais-que-e-um-cemiterio-diz-zuenir-ventura

Monday, May 31, 2021

estudo do anticorpos da covid pode durar a vida toda !

 Estudo: Anticorpos resultantes de Covid leve podem durar "toda a vida"


Estudo: Anticorpos resultantes de Covid leve podem durar "toda a vida"


Investigadores recolheram amostras de sangue e de medula óssea de doentes com sintomas ligeiros de Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, e identificaram células produtoras de imunoglobulinas passados 11 meses após o surgimento da infeção.

Uma equipe de cientistas da Universidade de Washington em St. Louis, nos Estados Unidos, sugere que indivíduos que sofreram de quadros leves de Covid-19 podem continuar fabricando anticorpos contra o coronavírus SARS-CoV-2 durante toda a vida, reporta um artigo publicado na revista Galileu.

O novo estudo divulgado na revista Nature aponta que episódios repetidos da patologia pandêmica são provavelmente pouco frequentes.

Segundo os investigadores, 11 meses após a infeção com sintomas ligeiros, os pacientes envolvidos na pesquisa ainda detinham células imunológicas capazes de produzir anticorpos.

Ali Ellebedy, co-autor do estudo, explicou num comunicado emitido à imprensa: "é normal que os níveis de anticorpos diminuam após a infeção aguda, mas não chegam a zero; estabilizam-se. Encontramos células produtoras de anticorpos em indivíduos 11 meses após os primeiros sintomas. Essas células viverão e produzirão anticorpos pelo resto da vida das pessoas". 

O estudo incluiu amostras de sangue de 77 indivíduos, recolhidos com intervalos de três meses a partir de um mês após a infeção pelo novo coronavírus. Sendo, que a vasta maioria dos voluntários sofreu de quadros ligeiros de Covid-19, embora seis tenham sido hospitalizados.

Também foram analisadas mostras de medula óssea de 18 pessoas, entre sete e oito meses após a doença.

Depois de quatro meses, foram recolhidas novas amostras de cinco participantes. 

Conforme destaca a revista Galileu, os níveis de anticorpos no sangue dos participantes com a doença diminuíram nos primeiros meses, estabilizando-se posteriormente. Constatando-se surpreendentemente a presença de células produtoras dessas substâncias em 15 das amostras de medula óssea de indivíduos que padeceram de Covid ligeira. 

Noticias:https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/1809085/estudo-anticorpos-resultantes-de-covid-leve-podem-durar-toda-a-vida


Friday, May 28, 2021

a importância de brincadeiras na infância.

 Dia internacional do Brincar celebra a importância das brincadeiras na infância.Dia internacional comemora importância de brincadeiras na infância

Brincar de boneca, de colorir, de massinha, jogar bola, tocar pianinho são as brincadeiras preferidas da Mariah Alves Ferraz, de 5 anos. No Dia Internacional do Brincar, celebrado nesta sexta-feira (28), ela e milhões de crianças em todo o mundo brincam para se divertir, mas, além disso, a brincadeira é parte fundamental do desenvolvimento infantil, diz a especialista em educação do Itaú Social, Juliana Yade.

“Brincar é essencial para o desenvolvimento infantil. É por meio dos jogos e brincadeiras que as crianças aprendem sobre o mundo e sobre elas. As crianças aprendem o tempo todo sozinhas, com outras crianças, com objetos, com adultos. Brincar é um direito, e as situações que são promovidas pelas brincadeiras ajudam muito no desenvolvimento da autonomia”.

A psicóloga Dora Leite, coordenadora do Setor Child Life, do Sabará Hospital Infantil (SP), completa: “Considerando que o brincar é a linguagem da criança, essa ação se desenvolve nas áreas tanto cognitiva, quanto afetiva, motora e social”. 

As brincadeiras são essenciais para o desenvolvimento integral das crianças. Sua importância é tanta que é um direito garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), preconizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), e tem até um dia de celebração: 28 de maio.

Durante o período de isolamento social, porém, algumas atividades ficaram limitadas e está cada vez mais difícil manter as crianças tranquilas dentro de casa. O afastamento da rotina escolar, dos amigos e dos familiares tem criado o que alguns chamam de “estresse tóxico”, no qual as crianças ficam inquietas e entediadas.

 

Dia internacional do Brincar celebra a importância das brincadeiras na infância. - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

“Foi necessário que as famílias criassem outras possibilidades de interação das crianças, às vezes por videochamada, às vezes dentro do próprio núcleo familiar, outras formas de brincadeiras, de jogos, de interações, seja na hora de cozinhar, de se alimentar, cuidar da casa, incluindo-as também nas tarefas domiciliares. Nesse sentido, as crianças acabaram ficando com menos possibilidades de interação, o que fez com que o cotidiano delas se tornasse mais restrito. Isso tem sim uma implicação até para o desenvolvimento da criança, mas acredito que, como elas são muito ávidas às possibilidades, quando esse momento minimizar ou passar, vão rapidamente recuperar esse tempo de isolamento social”. 

Para a educadora social Juliana Yade, as crianças maiores criaram estratégias para se manter em movimento, em brincadeiras durante o isolamento. “Foi muito bom perceber, neste período, o quanto as famílias foram se adaptando às suas realidades, para que os jogos, as brincadeiras, as cantigas tivessem um valor nessa rotina desafiadora. Mesmo que as crianças não pudessem brincar com outras, essa relação com o adulto foi essencial para que a gente não rompesse com as possibilidades de desenvolvimento integral durante o período de pandemia”, destacou.

A mãe da Mariah, a professora Aline Alves Ferraz, tem usado diversos recursos para que a brincadeira continue animada durante o isolamento social. “Nossa saída para este período foi dispensar um tempo maior a ela e investir em opções de brinquedos que possibilitem uma interação individual, como quebra-cabeças,  a boneca de maquiagem, jogos educativos e até mesmo alguns jogos eletrônicos no celular, às vezes. Também continuamos brincando de cantar, colorir ou pintar, massinhas de modelar, desenhar para o outro adivinhar e baralhos”.

Aline também incluiu tarefas domésticas como brincadeira. “Brincamos de “loja de roupas” quando precisa arrumar suas roupas no quarto dela, e de aulinha, por ser o meu trabalho e, muitas vezes, ela presenciar devido ao home office. Vídeos do youtube, com aulas de balé e contos de histórias diversas também foram opções para nossa pequena”, afirmou.

 

Dia internacional do Brincar celebra a importância das brincadeiras na infância. - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Como os pais de Mariah também são músicos, canções sempre foram parte da brincadeira em casa. “Música sempre foi nossa aliada e ainda é, seja com utilização de instrumentos musicais ou simplesmente à capela, cantigas de roda ou para reprodução de uma coreografia”.

Brincadeiras da tradição oral brasileira

Mariah tem sorte de ter pais músicos, mas não é preciso nenhum talento extra para adicionar brincadeiras criativas no cotidiano das crianças, mesmo em casa. Para o Dia do Brincar, o Itaú Social destaca conteúdo voltado para o desenvolvimento integral das crianças.

Como parte da programação da Semana Mundial do Brincar 2021, promovida pela Aliança pela Infância, o Itaú Social destaca o conteúdo construído para valorizar os momentos em família por meio de brincadeiras fáceis de se fazer em casa.

O material conta com 25 opções de atividades que fazem parte da tradição oral brasileira adaptadas à realidade atual. O conteúdo, disponível em forma de curso online de duas horas, contém vídeos, áudios e e-book. Também há dicas para garantir a diversão de forma leve para toda a família. O material conta com o apoio técnico do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária. 

Algumas dicas para garantir a diversão:

- Escolha um horário em que as crianças não estejam cansadas ou com fome, tampouco precisem relaxar logo depois.

- Organize o espaço em que a brincadeira acontecerá. Há três motivos para isso: facilitar a circulação e garantir a segurança; mostrar a todos que diferentes ambientes da casa podem ter usos variados; e chamar as crianças para a brincadeira.

 - Use os materiais que você possui, faça as adaptações necessárias, ajuste as propostas ao que é possível na sua casa e reinvente as brincadeiras tradicionais, do tempo dos pais, tios, avós e bisavós.

- Em algumas atividades, os brincantes têm papéis definidos. Por exemplo, alguém precisa ser o pegador e os demais, os fugitivos. Procure revezar esses papéis, isso aumenta a autonomia das crianças e pode tornar a brincadeira mais divertida para todos. Contudo, o ideal é que o adulto comece exercendo o papel de quem comanda a brincadeira até que as crianças aprendam.

- As crianças gostam de repetir as brincadeiras. Então, não se preocupe em oferecer sugestões novas todos os dias. As brincadeiras podem ser repetidas enquanto estiverem interessando às crianças. Às vezes, variar um pouco a forma de brincar mantém a curiosidade dos pequenos.

- As mesmas brincadeiras podem ser muito divertidas em diferentes idades. Contudo, a partir de determinada fase, a criança terá mais condições de entender as propostas, desenvolvendo-as com mais autonomia.

Brinquedos tradicionais com materiais reutilizáveis

Quem quiser produzir o próprio brinquedo pode se inspirar na oficina de confecção de peteca e bilboquê, que traz instruções para a confecção dos brinquedos tradicionais com materiais reutilizáveis. As petecas são de origem indígena, já o bilboquê existe há mais de 500 anos no Brasil. A oficina pode ser assistida na página @museudainfanciaunesc

Semana Mundial do Brincar 

 

Dia internacional do Brincar celebra a importância das brincadeiras na infância. - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

É uma grande mobilização para sensibilizar a sociedade sobre a importância do brincar e a essência da infância. Promovida pela Aliança pela Infância no Brasil, em parceria com dezenas de outras organizações, seu objetivo geral é mostrar que o brincar é fundamental para a construção de uma infância digna. Em 2021, o tema da SMB é “Casinhas das Infâncias”, que busca valorizar o brincar de casinha, a casa e as tradições de brincadeiras, cantigas e jogos lúdicos passados de geração em geração.

Edição: Graça Adjuto

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Wednesday, May 26, 2021

por que gostamos de passar raiva com vídeo games ,e Freud tem muito a ver com isso ?

 Por que amamos passar raiva com videogames difíceis e o que isso tem a ver com Freud

Por que amamos passar raiva com videogames difíceis e o que isso tem a ver com Freud

Mas por que tantos de nós gostamos desses jogos eletrônicos difíceis?

BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - A reputação deles não é das melhores. Volta e meia são chamados de antissociais, de potenciais atiradores em massa, de fascistas. Para piorar, acabaram ganhando uma denominação cafona. São os gamers.

Em meio a tantas ilações injustas, uma excentricidade une uma parcela considerável desses admiradores de joguinhos -o hábito de bufar de raiva em frente a uma tela de computador ou de TV enquanto aperta botões coloridos para tentar passar de fase. A respiração pesa, o sovaco molha e a boca se enche de lamúrias e profanações, num ritual que não parece nada saudável a olho nu.

Antes que alguém lance o argumento de que esses jogos dificílimos são coisa do passado, de uma época em que fliperamas dificultavam a jogatina para exigir mais fichinhas, é bom assinalar que games desafiadores estão na última moda.

Mas por que tantos de nós gostamos desses jogos eletrônicos difíceis? Antes de respondermos a esta pergunta, vale um pouco de contexto.

O game "Hades", do pequeno estúdio americano Super Giant, desbancou o favorito "The Last of Us 2" e levou o prêmio de melhor jogo do ano no festival South by Soutwest, o SXSW, deste ano. Levou também os troféus de melhor indie e melhor jogo de ação no último Game Awards, o Oscar dos jogos eletrônicos. No Bafta Games, foi premiado pelo design, arte e narrativa, além de ter sido eleito o melhor jogo do ano pela premiação britânica.

O jogo é considerado um "roguelike", subgênero de games que tem como principais características os cenários gerados aleatoriamente, a repetição e a alta dificuldade -se você morrer na fase final, prestes a zerar, já era, volta para a primeira fase.

O número de "roguelikes" é grande entres os jogos independentes. "Dandy Ace", por exemplo, é um título brasileiro que tem tido uma recepção boa pela crítica e pelo público.

E agora o subgênero dá um salto grande, em direção aos AAA, o universo blockbuster.

"Returnal" é um dos principais lançamentos deste primeiro semestre para PlayStation 5 e traz elementos que costumam ser raros entre os "roguelikes" tradicionais, como gráficos poderosos, em 3D, e uma narrativa robusta, com ares hollywoodianos.

Os "roguelikes" são herdeiros de "Rogue", jogo que surgiu na Idade da Pedra dos games, em 1980, e podia ser jogado no sistema operacional DOS, com gráficos paupérrimos -um morcego, por exemplo, era uma simples letra "B", de "bat", que se movia pelo cenário. O gênero angariou fãs e fez escola. Tudo aquilo com jogabilidade inspirada em "Rogue" que veio depois ganhou a alcunha de "roguelike".

Pois bem, por que então essa onda de jogos difíceis?

Em "Além do Princípio do Prazer", de 1920, o pai da psicanálise, Sigmund Freud, descreve uma brincadeira de uma criança de um ano e meio de idade. Era um menino comportado, obediente, mas que tinha um hábito perturbador de apanhar objetos e os atirar longe, "de maneira que procurar seus brinquedos e os apanhar, quase sempre dava bom trabalho", escreve Freud. E o rapazinho repetia o processo de arremessar e procurar, de novo e de novo, e se regozijava toda vez que encontrava o objeto.

Repetição, desafio, gozo. As mesmas características de um game "roguelike". "Como, então, a repetição dessa experiência aflitiva, enquanto jogo, se harmonizava com o princípio de prazer?", perguntava o austríaco, 60 anos antes de "Rogue" ser lançado.

O psicanalista Thomas Kehl tenta explicar. "O gosto pela dificuldade está ligado à criação de uma tensão, que, quando satisfeita, parece potencializar o prazer. Daí vem o efeito catártico, o momento da vitória, uma bomba de serotonina", diz.

Há também um outro fator que os games trazem e que completam a equação que tenta explicar o porquê do sucesso atual dos "roguelikes". Jogos têm histórias, ou seja, reproduzem fantasias. "A fantasia é inerente ao humano, a gente precisa sair do mundo e cada um sai do seu jeito", diz Kehl. Esse escape pode ser ver novela ou futebol, mas também pode ser controlar um personagem de videogame.

Hoje em dia, um adulto exercer uma fantasia outrora considerada infantil -vendo filme da Marvel ou brincando de patrulheiro espacial num game- é bem mais aceito socialmente do que na época de Freud.

Em "Returnal", a mecânica de tentar, morrer, repetir e vencer é sabiamente aproveitada pela narrativa. Na história, uma patrulheira espacial greco-americana tem um pouso forçado no planeta Atropos -mesmo nome de uma moira na mitologia grega, responsável por decidir como os humanos deverão morrer.

"Returnal" brinca com conceitos de tempo e espaço, o que permite um loop temporal. Toda vez que Selene morre derrotada por criaturas alienígenas, ela volta para o início da jornada.

"Outros jogos são sobre sobrevivência. 'Returnal' é sobre morrer para poder progredir, morrer para saber o que fazer e o que não fazer na próxima tentativa", diz Gregory Louden, diretor de narrativa. "Sim, eu diria que é um jogo difícil, mas muito gratificante."

Luis Fernando Tashiro, diretor da Mad Mimic, estúdio que desenvolveu o "roguelike" brasileiro "Dandy Ace", conta que começaram a trabalhar no jogo antes do hype, mas o sucesso de "Hades" foi uma grata surpresa.

"Eu sinto que hoje o pessoal dos 25 aos 30 anos tem menos tempo para jogar, e um 'roguelike' você joga uma horinha e dá para parar", diz Toshiro. Os millennials são também a geração da nostalgia, "esse pessoal veio dos jogos antigos difíceis, e o 'Dandy Ace' traz um pouco disso".

Segundo o streamer veterano Eduardo Benvenuti, do canal BRKsEDU, o principal motivo da atual onda de "roguelikes" tem fundo econômico -tanto para o lado de quem produz quanto de quem consome.

O primeiro é o custo-benefício. "Se um 'roguelike' for bom, você pode até enjoar, mas quando volta a jogar depois de um tempo, a experiência é nova, já que as fases são geradas de forma aleatória", diz. Como esse tipo de jogo -muitas vezes uma produção indie- não costuma ser tão caro quanto um superlançamento de console, o bolso do gamer-sofredor agradece e a serotonina sai mais em conta.

A ironia é que esses jogos difíceis para o jogar "são menos desafiadores para produzir", afirma o streamer.

"Em vez de ter que fazer um arco narrativo de horas e horas, o 'roguelike' permite que um estúdio pequeno faça um game de uma hora, mas que possa ser repetido inúmeras vezes. E aí os caras podem focar muito mais a experiência de gameplay, a criação de inimigos, de cenários, numa coisa mais caprichada."

Noticias:https://www.noticiasaominuto.com.br/ultima-hora/1807486/por-que-amamos-passar-raiva-com-videogames-dificeis-e-o-que-isso-tem-a-ver-com-freud