Este texto é comum na net,
desde 2004 quando o vi a primeira vez. São onze anos e aproveito sua popularidade
agora para inaugurar nos meus escritos e citações a questão da diversidade sexual humana. Começar pela África é um alento, amo meu continente e
ainda vivo na diáspora como todos os
negros do mundo. Este texto é lindo pela naturalidade da compreensão
do amor homo. É a natureza na sua sabedoria que divide as pessoas assim, não
nos cabe julgar. Contarei casos incríveis, relações assombrosas e
fantásticas. Acompanhem apartir desta postagem. Nem sempre casos, as vezes
uma literatura, uma musica diversa, mas este espaço é para casos de dor, alegria, vida, morte, gerais e sexuais, sobre
o amor que não ousa dizer o seu nome, leiam:
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Kurt Falk, um antropólogo
alemão, escreveu sobre a vida entre duas pessoas do mesmo sexo em
"certas tribos de Angola" em 1923. Ele escreveu sobre dois grupos,
os Wawihe e os Ovigangellas que tinham níveis diferentes de prática e aceitação
do amor entre pessoas do mesmo sexo. Ele diz que entre os Wahihe não somente
os jovens mas também "os homens adultos se gratificam destas
maneiras".
O antropólogo esclarece que a existência deste tipo de atração geralmente era negada na presença de estranhos como ele mas depois de ficarem bem conhecidos e acostumados com ele a maioria dos homens admitia que tinham um parceiro sexual masculino. A língua tinha várias palavras que caracterizavam a diferença entre "amigo não sexual" e "amigos sexuais" [Nota: o plural neste caso traduzido verbatim]. Por outro lado, entre os Ovigangellas existiam rituais bem elaborados para um homem poder pedir ao pai de um outro rapaz pela sua mão em troca de algum presente. O pai geralmente concordava e daí os dois homens eram reconhecidos como duas pessoas Neste caso o jovem era devolvido ao seu pai. Então, o homem mais velho procurava um novo "katumua" e o homem mais jovem também escolhia um novo namorado depois de casado, sendo isso o seu desejo. Falk conta a história de um soldado africano que foi punido por um sargento branco (i.e. de origem européia) que estava de plantão por ver ele paquerar um outro soldado [masculino]. Mais tarde o sargento teria perguntado o soldado porque ele não tinha procurado uma mulher para se gratificar sexualmente ao que o soldado prontamente respondeu: Meu caro sargento, o senhor por acaso não sabe que existem homens que desde jovens não pensam em mulheres e outras pessoas mas somente se sentem atraídos por outros homens? Porque é que eles devem ser punidos agora em sua maturidade, agora que são adultos? Além do mais, se você os perguntar, eles não irão saber explicar porque é que Deus os fez assim como são – homens que amam homens. Fonte: Rapazes Esposas, Maridos Femeninas (Boy Wives, Female Husbands) editado por Stephen O. Murray e Will Roscoe (New York, St. Martin's Press, 1998) |
Sunday, July 19, 2015
Diversidade humana, diversidade social.
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