Competição
mundial entre artistas será sediada no Canadá
- 11/08/2016 18h30
- Rio de Janeiro
Isabela
Vieira - Repórter da Agência Brasil
Um bom livro, uma coreografia
estimulante e uma música bem executada renderão medalhas de ouro, prata e
bronze a artistas. Essa é a proposta da ArtsGames, uma competição de artes,
inspirada na Olimpíada, que quer reunir competidores de todo o mundo, em 2018,
em Montreal, no Canadá. O evento foi anunciado hoje (11) durante a Rio 2016.
A iniciativa retoma uma
experiência interrompida na década de 1950, quando artistas eram premiados em
suas especialidades, em uma competição mundial, paralela às olimpíadas. A
prática começou em1896, em Atenas, os primeiros jogos olímpicos da era moderna.
Na primeira edição do ArtsGames,
em 2018, o objetivo é dar visibilidade a talentos de várias culturas “em palcos
internacionais”, que receberão, por país, as medalhas, explicou o presidente do
Comitê Internacional, Peter Howlett. “Nós faremos um evento para dar aos
artistas uma oportunidade de brilhar e demonstrar excelência”, disse.
Em vídeo enviado ao lançamento,
no Rio, a ministra do Patrimônio do Canadá, Melanie Joly, disse que o país
comemora ser sede da competição e defende a importância dos artistas para a
humanidade. “Precisamos da arte para o entretenimento, para desafiar o nosso
modo de pensar e para nos lembrar do nosso vasto potencial como criadores”,
disse.
Modalidades
Os artistas poderão se inscrever
a partir de outubro em cinco áreas: dança, música, artes visuais, artes de
mídia e literatura. As audições poderão ser feitas online para facilitar
a participação de mais países e, presencialmente, em 2017, também em Montreal.
A partir da edição de Montreal,
em 2018, a ArtsGames será feita em uma cidade diferente a cada dois anos. Há
também a possibilidade de incluir mais modalidades.
A competição entre artistas
nesses moldes foi idealizada pelo lendário pianista canadense de jazz Oscar
Peterson. A sobrinha dele, Sylvia Sweeney, atleta olímpica e presidente da
iniciativa, aposta no poder da arte para “transformar e curar o mundo”. “Os
artistas já precisam de uma plataforma para fazer isso. O que fazemos é dar
essa plataforma”.
Edição: Fábio
Massalli