Sunday, December 24, 2017

Madrugadas solitárias, de confissão e ausencias, de reais necessidades



MADRUGADAS MOLHADAS

Úmidas madrugadas









Amo todas as madrugadas.  É renovação
É esperança
E reflexão
De segundos, de vidas.
Amo e detesto as madrugadas
Solitárias ( um dia pesam)...
Adoro as madrugadas molhadas
Com chuva ou sêmen
Discretas
Sussurradas
Duras
Viradas
Amo as madrugadas molhadas

Assusta-me cada vez mais as madrugadas solitárias
E eu sem entender como
Mesmo após tantos anos elas insistirem em serem solitárias
E eu viver todas tão conformado
Sem você ao meu lado.

Mesmo sozinho e cada vez mais compreendendo que jamais terei você ao meu lado
Amo as madrugadas, todas.
Especialmente as molhadas
Gemidas
Chuvarentas
Porque me permitem lembrar a felicidade
A renovação e a continuidade
Amo estar ainda lucido; vivo
e mesmo solitário

Vivendo mais um amanhecer
Mesmo que molhado



Amo esse poema. Como autor reflito um sentimento que sempre temi, desde jovem, adolescente. Nasci para ser solitário, viver casos perdidos, relações pela metade, explorações ocasionais e oportunistas. Nesse momento estou miseravelmente só, o dia inteiro sem uma palavra. Acho ótimo, mas hoje estou triste por estar vivendo mais um dia molhado, seria só grana a vida?